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Chamada aberta para o número 18 do volume 10: “A cultura e a memória do efêmero II”

2019-02-01
A Revista Morpheus abre chamada para submissão de contribuições originais que irão compor o volume 10, número 18. A cultura e a memória do efêmero é o tema do dossiê que reúne e divulga artigos, ensaios textuais e audiovisuais, bem como resenhas sobre a construção contemporânea da memória. Dos monumentos da impermanência à intemporalidade dos instantâneos, entre documentar o provisório e dispersar inscrições, há muitos modos de compor figuras da relação efêmero-memorial. Amir Geiger - Editor do v. 10 Saiba mais sobre Chamada aberta para o número 18 do volume 10: “A cultura e a memória do efêmero II”

Edição Atual

v. 10 n. 17 (2017): A cultura e a memória do efêmero I
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A memória, socialmente, tem essa face aparente de atenção ao que permanece, sob o signo do que retorna: comemorações, efemérides. Mas a etimologia, que é memória de estórias impregnadas nas palavras, nos ensina que efêmero é o que dura e se esvai, na superfície de um dia – epi hémera. O efêmero, como o dia, só retorna como passagem, só permanece como aura e rastro: se dá em relances de horizontes, revoluções do firmamento. Por um lado, tradição cultural e inovação tecnológica traçam veredas complexas no entrecruzar da informação fluida de performances em movimento e os códigos e listas estáveis patrimonializados em arquivos e bancos de dados. Poderiam as redes sociais exercer um papel protagonista de salvaguarda das narrativas orais e das coleções de objetos memoriais de comunidades e grupos? O que significa informar e desinformar no contexto dos apagamentos políticos de memórias coletivas e ecológicas? Por outro lado, diante dos impasses de escala planetária, se anuncia também a efemeridade da cultura e da história. E o modo efêmero da memória, que não cessa de remeter ao sensório e ao corpóreo, pode escapar do sentido habitual do apagamento, na direção dos aprendizados e desapegos. Vestígios do que não se registra poderão valer como sinais ou mesmo informação de conteúdo histórico? Serão os saberes memoriais, as tradições reinventadas, as interculturalidades disseminadas, capazes de quebrar a inércia destrutiva das tecnologias de guerra e de expropriação do que é comum? Onde e como se tecem experiências e se articulam conhecimentos do porvir? Essas são algumas questões-chave, dentre muitas outras, que podem ser desveladas nos territórios interdisciplinares dos estudos acadêmicos.
Publicado: 2018-12-19
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