Childbirth care in a Rio de Janeiro coastal lowlands hospital: challenges for respectful birth / Assistência ao parto em um hospital da baixada litorânea do Rio de Janeiro: desafios para um parto respeitoso

Autores

  • Julianne de Lima Sales Universidade Fedeal Fluminense
  • Jane Baptista Quitete Universidade Federal Fluminense
  • Virginia Maria de Azevedo Oliveira Knupp Universidade Federal Fluminense
  • Marcilene Andrade Ribeiro Martins

DOI:

https://doi.org/10.9789/2175-5361.rpcfo.v12.7092

Palavras-chave:

Saúde da Mulher, Episiotomia, Parto

Resumo

Objetivo: Analisar a assistência ao parto das mulheres assistidas em um hospital público da baixada litorânea do Rio de Janeiro. Métodos: Trata-se de um estudo descritivo, de natureza quantitativa, de delineamento transversal, que utilizou a técnica documental retrospectiva. Os dados da pesquisa são relativos aos partos que ocorrem na instituição durante o período de janeiro a junho de 2015. Resultados: Dos 796 partos, 352 (44,22%) ocorreram por via vaginal e 444 (55,77%) por via abdominal. Constatou-se que as primíparas e as mulheres com mais de 35 anos foram submetidas com maior frequência a cesárea. Das 352 parturientes que tiveram parto vaginal, 164 (46,59%) tiveram a episiotomia realizada. Conclusão: A instituição apresenta alto índice de partos cirúrgicos e realização de intervenções obstétricas, tais como a episiotomia, sendo realizada de forma rotineira e sem indicação adequada. A assistência encontra-se desumanizada e em desacordo com as atuais recomendações e evidências cientificas. Descritores: Parto, Episiotomia, Saúde da Mulher.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Julianne de Lima Sales, Universidade Fedeal Fluminense

Enfermeira pela Universidade Federal Fluminense - UFF/Campus Rio das Ostras. Monitora bolsista do Consultório de Enfermagem da UFF/Campus Rio das Ostras. Pesquisadora do Grupo de Pesquisa Laboratório de Estudos sobre Mulheres e Enfermagem/LEME/UFF/Campus Rio das Ostras. 

Jane Baptista Quitete, Universidade Federal Fluminense

Enfermeira Obstétrica pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro - UERJ. Doutor em Enfermagem pela UERJ. Professora Adjunta do Departamento de Enfermagem UFF/Campus Rio das Ostras. Coordenadora do Consultório de Enfermagem da UFF/Campus Rio das Ostras. Líder do Grupo de Pesquisa Laboratório de Estudos sobre Mulheres e Enfermagem/ LEME/UFF/Campus Rio das Ostras. 

Virginia Maria de Azevedo Oliveira Knupp, Universidade Federal Fluminense

Enfermeira Especialista em Avaliação de Saúde pela Escola Nacional de Saúde Pública Sérgio Arouca – Fiocruz. Doutora em Ciências da Saúde e Mestre em Enfermagem pela Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UNIRIO). Professora adjunta da Universidade Federal Fluminense/Campus Rio das Ostras. Pesquisadora dos Grupos de Pesquisa Laboratório sobre Enfermagem, Cuidado, Inovação e Organização da Assistência ao Adulto ou ao Idoso (LECIONAI, Estudos sobre Vivências e Integralidade dedicadas à Enfermagem, Criança, Infância, Adolescentes e Recém-nascidos (EVIDENCIAR), e Laboratório de Estudos sobre Mulheres e Enfermagem (LEME). 

Marcilene Andrade Ribeiro Martins

Enfermeira Obstétrica pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro – UERJ. Enfermeira do Núcleo de Atenção à Saúde da Mulher e da Criança da Secretária Municipal de Macáe/RJ. Enfermeira da equipe de parto domiciliar da Madria/RJ. Pesquisadora do Grupo de Pesquisa Laboratório de Estudos sobre Mulheres e Enfermagem/LEME/UFF/Campus Rio das Ostras.

Referências

Wolff LR, Moura MAV. A institucionalização do parto e a humanização da assistência: revisão de literatura. Esc Anna Nery Rev Enferm [Internet]. 2004 ago [citado em 2017 nov 21];8(2):279-85. Disponível em: http://www.redalyc.org/articulo.oa?id=127717713016

Reis CSC, Souza DOM, Progianti JM, Vargens OMC. As práticas utilizadas nos partos hospitalares assistidos por enfermeiras obstétricas. Enfermagem Obstétrica [Internet]. 2014 jan-abr [citado em 2017 out 20];1(1):7-11. Disponível em: http://www.enfo.com.br/ojs/index.php/EnfObst/article/view/3/1

Matos GC, Escobal AP, Soares MC, Härter J, Gonzales RIC. A trajetória histórica das políticas de atenção ao parto no Brasil: uma revisão integrativa. Rev enferm UFPE online [Internet]. 2013 mar [citado em 2017 nov 19];7(esp):870-8. Disponível em: http://www.revista.ufpe.br/revistaenfermagem/index.php/revista/article/download/3347/5741

Ministério da Saúde (BR). Programa de Humanização do Pré Natal e Nascimento. Brasília: Ministério da Saúde, 2000.

Ministério da Saúde (BR). Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos (SINASC). Brasília: Ministério da Saúde, 2015

Silva FMB, Paixão TCR, Oliveira SMJV, Leite JS, Riesco MLG, Osava RH. Assistência em um centro de parto segundo as recomendações da Organização Mundial da Saúde. Rev Esc Enferm USP [Internet]. 2013 out [citado em 2017 nov 21];47(5):1031-38. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0080-62342013000501031&lng=en.

Leal MC, Pereira APE, Domingues RMSM, Filha MMT, Dias MAB, Nakamura PM et al. Intervenções obstétricas durante o trabalho de parto e parto em mulheres brasileiras de risco habitual. Cad Saúde Pública [Internet]. 2014 [acesso em 2017 nov 21];30(Suppl1): 17-32. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102311X2014001300005&lng=en.

Oliveira RR, Melo EC, Novaes ES, Ferracioli PLRV, Mathias TAF. Fatores associados ao parto cesáreo nos sistemas público e privado de atenção à saúde. Rev Esc Enferm USP [Internet]. 2016 [citado em 2017 out 10];50(5):734-41. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/reeusp/v50n5/pt_0080-6234-reeusp-50-05-0734.pdf

Ministério da Saúde (BR). Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos. Diretriz Nacional de Assistência ao Parto Normal. Brasília: Ministério da Saúde, 2016.

Lopes DM, Bonfim AS, Sousa A, Reis L, Santos L. Episiotomy: feelings and consequences experienced by mothers. Rev pesqui cuid fundam Online [Internet]. 2012 jan 3; [citado em 2017 nov 21];4(1):2623-35. Disponível em: http://www.seer.unirio.br/index.php/cuidadofundamental/article/view/1532

Santos IS, Okazaki ELFJ. Assistência de enfermagem ao parto humanizado. Rev Enferm UNISA [periódico na Internet]. 2012 [citado em 2017 out 5];13(1): 64-8. Disponível em: http://www.academia.edu/23294814/Assist%C3%AAncia_de_enfermagem_ao_parto_humanizado

Sousa AMM, Souza KV, Rezende EM, Martins EF, Campos D, Lansky S. Practices in childbirth care in maternity with inclusion of obstetric nurses in Belo Horizonte, Minas Gerais. Esc Anna Nery [Internet]. 2016 Jun [citado em 2017 nov 21];20(2): 324-31. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S141481452016000200324&lng=en.

Patah LEM, Malik AM. Modelos de assistência ao parto e taxa de cesárea em diferentes países. Rev Saúde Pública [Internet]. 2011 fev [citado em 2017 out 21]; 45(1): 185-94. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0034-89102011000100021&lng=en.

Honckenberry MJ, Wilson D. Wong Fundamentos de Enfermagem Pediátrica. 9. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2014.

Ministério da Saúde (BR). Resolução n. 466, 12 de dezembro de 2012. Diretrizes e normas reguladoras de pesquisas com seres humanos. Brasília: Conselho Nacional de Saúde, 2012.

Ministério da Saúde (BR). Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos (SINASC). 2015 [acesso em 2017 nov 21]. Disponível em: http://datasus.saude.gov.br/

Almeida TM, Rocha LS. Gravidez na adolescência: reconhecimento do problema para atuação do enfermeiro na sua prevenção. In: Anais VII Simpósio de Produção Acadêmica; 2015 jan-dez; 7(1). Minas Gerais (MG): Univiçosa; 2015. p 222-27.

Leal MC, Silva AAM, Dias MAB, Gama SGN, Rattner D et al. Birth in Brazil: national survey into labour and birth. Reproductive Health [Internet]. 2012 Aug [acesso em 2017 Nov 01]; 9(15). Disponível em: https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/22913663.

World Health Organization (WHO). Appropriate technology for birth. Lancet. 1985; 2(8452):436-7.

Montenegro CAB, Rezende Filho JR. Rezende obstetrícia. 13º ed. Rio de Janeiro (RJ): Guanabara Koogan; 2017.

Andrade PC, Linhares JJ, Martinelli S, Antonini M, Lippi UG, Baracat FF. Resultados perinatais em grávidas com mais de 35 anos: estudo controlado. Rev Bras Ginecol Obstet. [Internet]. 2004 out [citado em 2017 nov 27]; 26(9): 697-701. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0100-72032004000900004&lng=en.

Cabral SALCS, Costa CFF, Cabral Júnior SF. Correlação entre a idade materna, paridade, gemelaridade, síndrome hipertensiva e ruptura prematura de membranas e a indicação de parto cesáreo. Rev Bras Ginecol Obstet. [Internet]. 2003 dez [citado em 2017 Nov 27];25(10):739-44. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0100-72032003001000007&lng=en.

Liu S, ListonRM, Joseph KS, Heaman M, Sauve R, Kramer MS et al. Maternal mortalityandseveremorbidityassociatedwithlow-riskplannedcesarean delivery versus planned vaginal delivery at term. CMAJ: Canadian Medical Association Journal [Internet]. 2007 Feb 13 [citado em em 2017 Nov 2017]; 176(4): 455–60. Disponível em: https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC1800583/

Miller ES, Hahn K, Grobman WA. Consequences of Primary Elective Cesarean. Obstetrics & Gynecology [Internet]. 2013 Apr [citado em 2017 Oct 20]; 121(4): 789-97. Disponível em: http://journals.lww.com/greenjournal/Abstract/2013/04000/Consequences_of_a_Primary_Elective_Cesarean.14.aspx

Feitosa RMM, Pereira RD, Souza TJCP, Freitas RJM, Cabral SAR, Souza LFF. Fatores que influenciam a escolha do tipo de parto na percepção das puérperas. Revista de Pesquisa: Cuidado é Fundamental Online [Internet]. 2017 jul 1 [citado em 2017 nov 29]; 9(3):717-26. Disponível em: http://www.seer.unirio.br/index.php/cuidadofundamental/article/view/5502

Copelli FHS, Rocha L, Zampieri MFM, Petters VR, Gregório, Custódio ZAO. Fatores determinantes para a preferência da mulher pela cesariana. Texto Contexto Enferm [Internet]. 2015 abr-jun [citado em 2017 out 20]; 24(2): 336-43. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/tce/v24n2/pt_0104-0707-tce-24-02-00336.pdf

Oliveira APG, Machado DS, Silva JM, Chevitarese L. Episiotomia: discussão sobre o trauma psicológico e físico nas puérperas -uma revisão bibliográfica. Revista Rede de Cuidado em Saúde [Internet]. 2016 [citado em 2017 nov 29]; 10(1): 1-13. Disponível em: http://publicacoes.unigranrio.com.br/index.php/rcs/article/view/3311/1512

Bolsoni AC, Coelho JA. Episiotomia no puerpério: percepção das mulheres. Revista De Saúde Pública Do Paraná [Internet]. 2016 dez [citado em 2017 out 10]; 17(2): 199-205. Disponível em: http://www.uel.br/revistas/uel/index.php/espacoparasaude/article/view/26749/pdf20

Beleza ACS, Ferreira CHJ, Sousa L, Nakano AMS. Mensuração e caracterização da dor após episiotomia e sua relação com a limitação de atividades. Rev Bras Enferm [Internet]. 2012 mar-abr [citado em 2017 out 20]; 65(2):264-8. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/reben/v65n2/v65n2a10.pdf

Francisco AM, Kinjo MH, Bosco CS, Silva RL, Mendes EPB, Oliveira SMJV. Associação entre trauma perineal e dor em primíparas. Rev Esc Enferm USP [Internet]. 2014 [citado em 2017 out 12]; 48(Esp):40-5. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/reeusp/v48nspe/pt_0080-6234-reeusp-48-esp-040.pdf

Smith LA, Price N, Simonite V, Burns EE. Incidence of na drisk factors for perineal trauma: a prospective observational study. BMC Pregnancy Childbirth [Internet]. 2013 [citado em 2017 out 12];13(59): 1-9. Disponível em: https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC3599825/pdf/1471-2393-13-59.pdf

Figueiredo GS, Santos TTR, Reis CSC, Mouta RJO, Progianti JM, Vargens OMC. Ocorrência de episiotomia em partos acompanhados por enfermeiros obstetras em ambiente hospitalar. Rev enferm UERJ [Internet] 2011 abr-jun [citado em 2017 out 11]; 19(2):181-5. Disponível em: http://www.facenf.uerj.br/v19n2/v19n2a02.pdf

Sousa AMM, Souza KV, Rezende EM, Martins EF, Campos D, Lansky S. Práticas na assistência ao parto em maternidades com inserção de enfermeiras obstétricas, em Belo Horizonte, Minas Gerais. Esc Anna Nery [Internet]. 2016 [citado em 2017 out 29];20(2):324-331. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/ean/v20n2/1414-8145-ean-20-02-0324.pdf

Costa NM, Oliveira LC, Solano LC, Martins PHMC, Borges IF. Episiotomia nos partos normais: uma revisão de literatura. Facene/Famene [Internet] 2011 [citado em 2017 nov 20]; 9(2): 45-50. Disponível em: http://www.facene.com.br/wp-content/uploads/2010/11/2011-2-pag-45-50-Episiotomia.pdf

Setz VG, D'Innocenzo M. Avaliação da qualidade dos registros de enfermagem no prontuário por meio da auditoria. Acta paul enferm [Internet]. 2009 jun [citado em 2017 nov 29];22(3):313-17. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-21002009000300012&lng=en.

Ministério da Saúde (BR). Secretaria de Atenção à Saúde. Atenção à saúde do recém-nascido: guia para os profissionais de saúde. 2. ed. atual. Brasília: Ministério da Saúde, 2014.

Kilsztajn S, Lopes ES, Carmo MSN, Reyes AMA. Vitalidade do recém-nascido por tipo de parto no Estado de São Paulo, Brasil. Cad Saúde Pública [Internet]. 2007 ago [citado em 2017 nov 28];23(8):1886-92. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-311X2007000800015&lng=en.

Franceschini DTB. Comparação da vitalidade entre recém-nascidos de parto normal e de cesárea [monografia] Porto Alegre: Universidade Federal do Rio Grande do Sul, UFRS; 2006.

Publicado

2021-05-01

Como Citar

1.
Sales J de L, Quitete JB, Knupp VM de AO, Martins MAR. Childbirth care in a Rio de Janeiro coastal lowlands hospital: challenges for respectful birth / Assistência ao parto em um hospital da baixada litorânea do Rio de Janeiro: desafios para um parto respeitoso. Rev. Pesqui. (Univ. Fed. Estado Rio J., Online) [Internet]. 1º de maio de 2021 [citado 18º de abril de 2024];12:108-14. Disponível em: https://seer.unirio.br/cuidadofundamental/article/view/7092

Edição

Seção

Artigo Original

Plum Analytics